Ensaio de Ailton Krenak gera debate sobre relação do ser humano com natureza
30 DE junho DE 2020
Na abertura do programa, Janaína e Fernanda fizeram uma breve apresentação do livro e seu autor. Disseram que a obra é uma adaptação de duas conferências e uma entrevista realizadas em Portugal, entre 2017 e 2019, nas quais Krenak critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza. Segundo ele, apenas o reconhecimento da diversidade e a recusa da ideia do humano como superior aos demais seres podem impedir a falência total da vida na Terra. Leia um trecho no site da editora Companhia das Letras.
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Krenak, segundo Janaína e Fernanda, nasceu em 1953, na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra afetada pela atividade de extração mineira. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, ele organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. É doutor honoris causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
As mediadoras falaram também de outros livros de Krenak, como "O amanhã não está à venda", e sugeriram a leitura de outros autores indígenas, como Graça Graúna, Eliana Potiguara, Daniel Mundurucú, Marcia Kambewa e Kaka Wera. Mostraram, ainda, o famoso discurso dele no Congresso, em 1987, durante a Assembleia Nacional Constituinte, quando defendeu a Emenda Popular da União das Nações Indígenas.
https://youtu.be/kWMHiwdbM_Q
Quando o debate sobre "Ideias para adiar o fim do mundo" começou, Nelson Mattera disse que gostou muito do livro e expôs a reflexão ficou de sua leitura": "O que a gente está preparando para as gerações futuras? A relação com a terra é muito interessante, o tema muito interessante. Inclusive, a questão de tornarmos cada vez mais clientes e consumidores, e não mais cidadãos".
Cauê Tanan falou sobre como algumas ideias de Krenak são interessantes: "Por exemplo, a ideia de humanidade, a partir de uma cosmovisão - o modo como vemos o mundo e a nossa relação com a terra - associada à diversidade. Ou seja, ele diz que somos diferentes, mas sem ser racista".
Mayara Portugal escreveu que não teve tempo de ler "Idéias para adiar o fim do mundo", mas quis participar do Clube para ouvir o que outras pessoas tinham a dizer a respeito do livro: "Recentemente, li a outra publicação do Ailton, 'O amanhã não está à venda'. O sentimento que eu tive, na verdade, foi pessimista, no sentido de que não é a Terra que corre riscos, mas sim os seres humanos, se continuarem exigindo tanto e agindo como se os recursos dela não fossem finitos".
Frequentador assíduo dos clubes de leitura online, Alberto Mejia disse que gostou da experiência de debater um livro de "não-ficção": "Gostaria que colocassem mais ensaios. Não é muito comum, mas gostei muito. Para mim, alternaria entre ensaio e ficção".
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