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Distopia é um gênero ou tema literário?

12 DE dezembro DE 2022
Crédito: Marcos Santos

De 7 a 16 de dezembro, a Biblioteca Parque Villa-Lobos realiza a oficina Distopias Literárias e a Política no Brasil, ministrada pelo professor de Cultura e Literatura Brasileira da USP, Jean Pierre Chauvin. As aulas integram o projeto Literatura Brasileira no XXI, em parceria com a Unifesp.

Para dar contextualização ao tema a ser tratado durante os quatro encontros, o professor trouxe em primeiro lugar a definição do que é utopia, ou seja, um desejo imaginário de tornar o mundo um lugar melhor. A palavra surgiu pela primeira vez no livro Utopia, de Thomas More, de 1516. O autor relata uma excursão a uma ilha imaginária chamada Utopia, em referência a um trocadilho com a palavra em grego e latim topos: ou-topos (em nenhum lugar), eu-topos (um bom lugar) e u-topos (terra em U), em referência ao formato da ilha.

Já para conceituar o termo distopia, Jean Pierre utiliza o trabalho dos autores Gregori Clayes e Adam Roberts, importantes historiadores de ficção científica. “O termo passou a ser utilizado no século 18 e assumiu significados diferentes ao longo do tempo. Inicialmente era uma contraposição às utopias, ou seja, uma terra infeliz. Na década de 1950, passou a ser considerado o oposto de sociedade ideal, e a partir dos anos 1960, é visto como antiutopia, definido como qualquer narrativa que tenha como objetivo descrever uma sociedade infeliz e com muitos obstáculos”, analisa. 

Na literatura, a palavra é geralmente associada a uma sociedade que enfrenta um totalitarismo geral, especialmente ligado ao Estado, e com relações pragmáticas entre os personagens, construídas na base da barganha, da troca de interesses e com uma espécie de medo que contagia as narrativas o tempo todo. Além dessas, há outras características marcantes na distopia literária, como concepção binária do mundo, padronização de comportamentos, imposição de barreiras sociais, isolamento e problemas de comunicação entre os personagens.

Em relação à pergunta do título, o professor prefere classificar a distopia como um tema presente na literatura, apesar de explicar que alguns estudiosos a utilizam como gênero e até subgênero.  No segundo encontro, os temas abordados foram os contos e romances distópicos. Já na terceira aula, os alunos vão debater textos que mostram a
distopia como um alerta frente ao autoritarismo e à arbitrariedade do poder. No último encontro, a distopia será vista como uma denúncia dos limites impostos à liberdade. Ao final de cada aula, os alunos produzem textos referentes ao tema abordado no dia.

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